Os confetes e serpentinas que caíram como chuva colorida de alegria durante quatro noites agora se amontoavam nas sarjetas descolorados e amassados.
Todas as cervejas já haviam sido tomadas, todos os lança-perfumes sorvidos, latas amassadas, garrafas vazias e pontas de cigarro se amontoavam nos lixos junto à mascaras e colares havaianos. A rua ainda estava cheia, foliões trôpegos e embriagados dançando com os braços abertos, o sorriso paralisado em seus rostos, casais se esgueirando em cantos escuros, beijos alcoolizados. Corpos saturados.
Era a ultima noite de Carnaval.
No meio da praça eu dava meus últimos passos da marchinha que se repetira incansável durante as quatro noites. Durante anos...
Meu corpo esgotado e, pairando sobre ele, estava minha alma, leve como um balão inflável. Foi então que eu há vi. Já há tinha visto nas outras noites, já havíamos nos olhado, mas por algum motivo indizível e inexplicável não nos falamos.
Ela estava ali parada, como se estivesse me esperando, esperando pacientemente que eu gastasse toda a euforia carnavalesca para então dar atenção só para ela.
Ela era magrinha de uma beleza singela, aparentava ter uns quatorze anos, mas já tinha dezenove e, empolgada, falava sem parar sobre a faculdade de Turismo que estava cursando enquanto afastávamos dos foliões remanescentes e nos enfiávamos nas desertas ruas da pequenina cidade.
Ela falava sem parar, sempre muito animada, contava-me seus sonhos para o futuro e de como iria partir daquela cidadezinha. Eu, como o bom ouvinte que sou, ouvia tudo sem prestar atenção em nada.
Paramos numa praça deserta e quando ela parou para tomar fôlego entre um milhão
de palavras e outras, nos beijamos. Foi um beijo intenso e molhado, como se ela não fizesse isso a muito tempo ou estava muito afim. Nós andávamos, ela falava, eu ouvia, nos beijávamos.
Era uma garota muito legal.
Até que chegamos numa rua sem saída com uma mureta que bloqueava a rua, pois atrás passava imponente o rio Paraíba com suas águas turvas e pesadas. Ali ficamos, sob a proteção do caudaloso rio sentados num banco de madeira rusticamente montado. Olhei para seu rosto de anjo, olhei sua boca incansável de sorriso fácil, olhei para seus seios pequenos e perfeitamente redondos, olhei para suas pernas juvenis com o short largo ao redor das coxas... Nos beijamos... Minha mão atrevida deslizou pela coxa lisa e macia rompendo facilmente a fronteira do short e alcançando uma parte mais úmida da pele, e então, pela primeira vez, ela ficou quieta, deliciosamente quieta derretendo em minha mão.
Todas as cervejas já haviam sido tomadas, todos os lança-perfumes sorvidos, latas amassadas, garrafas vazias e pontas de cigarro se amontoavam nos lixos junto à mascaras e colares havaianos. A rua ainda estava cheia, foliões trôpegos e embriagados dançando com os braços abertos, o sorriso paralisado em seus rostos, casais se esgueirando em cantos escuros, beijos alcoolizados. Corpos saturados.
Era a ultima noite de Carnaval.
No meio da praça eu dava meus últimos passos da marchinha que se repetira incansável durante as quatro noites. Durante anos...
Meu corpo esgotado e, pairando sobre ele, estava minha alma, leve como um balão inflável. Foi então que eu há vi. Já há tinha visto nas outras noites, já havíamos nos olhado, mas por algum motivo indizível e inexplicável não nos falamos.
Ela estava ali parada, como se estivesse me esperando, esperando pacientemente que eu gastasse toda a euforia carnavalesca para então dar atenção só para ela.
Ela era magrinha de uma beleza singela, aparentava ter uns quatorze anos, mas já tinha dezenove e, empolgada, falava sem parar sobre a faculdade de Turismo que estava cursando enquanto afastávamos dos foliões remanescentes e nos enfiávamos nas desertas ruas da pequenina cidade.
Ela falava sem parar, sempre muito animada, contava-me seus sonhos para o futuro e de como iria partir daquela cidadezinha. Eu, como o bom ouvinte que sou, ouvia tudo sem prestar atenção em nada.
Paramos numa praça deserta e quando ela parou para tomar fôlego entre um milhão
de palavras e outras, nos beijamos. Foi um beijo intenso e molhado, como se ela não fizesse isso a muito tempo ou estava muito afim. Nós andávamos, ela falava, eu ouvia, nos beijávamos.
Era uma garota muito legal.
Até que chegamos numa rua sem saída com uma mureta que bloqueava a rua, pois atrás passava imponente o rio Paraíba com suas águas turvas e pesadas. Ali ficamos, sob a proteção do caudaloso rio sentados num banco de madeira rusticamente montado. Olhei para seu rosto de anjo, olhei sua boca incansável de sorriso fácil, olhei para seus seios pequenos e perfeitamente redondos, olhei para suas pernas juvenis com o short largo ao redor das coxas... Nos beijamos... Minha mão atrevida deslizou pela coxa lisa e macia rompendo facilmente a fronteira do short e alcançando uma parte mais úmida da pele, e então, pela primeira vez, ela ficou quieta, deliciosamente quieta derretendo em minha mão.
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