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sábado, 7 de maio de 2011

ESSAS GAROTAS MALUCAS.

   Agora, sentado nesse estranho carro eu me pergunto, "que merda estou fazendo aqui"? A loira ao meu lado fala sem parar, mas eu não presto atenção em nada, minha cara flácida de olhos murchos está dormente de tanta cerveja. Acendo um cigarro, ela me pede um. Do lado de fora do carro, nessa maldita estrada deserta e escura, onde sei lá como eu vim parar, vejo um completo idiota brigando com uma morena
linda. Sua bunda perfeita empina toda vez que ela esbraveja algo apontando o dedo na cara do otário. Ao meu lado a loira fala soltando fumaça de cigarro, eu só observo a amiga dela lá fora brigando com o namorado. Eu deveria estar com ela.
   Há algumas horas essa era a ideia, encontrei as duas num bar, eu logo me excitei pela morena. A loirinha por mim. Não que ela fosse feia, mas não era bonita como a morena e seu narizinho arrebitado, sua bunda arrebitada, os seios arrebitados... Por falar em peitos, a loirinha tinha belos, grandes e macios peitos, aos quais só fui saborear no nosso segundo encontro. Mas minha intenção era a morena. Até ligar o namorado. Maldito namorado! Eles tinham brigado, sei lá. Só sei que ele queria encontrá-la. Eu nem me lembro como vim parar nesse carro... nessa estrada.
   A língua úmida e quente da loira entra pela minha boca quase chegando ao meu esófago e nós nos beijamos envoltos por nuvens de fumaça de cigarro. Paramos para tomar fôlego e ela diz, "tá vendo aquela montanha?"
   "Hã!" respondo.
   "Lá tem uma casinha de madeira onde mora o diabo."
   "O quê?!"   
   Ela voltou a me beijar.

   Uma semana depois voltei a encontrar a loirinha no mesmo bar sagrado onde frequentavam os anjos. Ela estava só. Ficamos bêbados juntos. E numa praça encantada com seus carrosséis, balanços e chafarizes desligados começamos a nos devorar. Fomos para a casa dela.
   No sofá havia uma boneca velha horrível com os cabelos loiros todo engruvinhados e cheio de falhas onde podia-se ver os furos de suas raízes artificiais. Os olhos azuis arregalados e brilhantes e um sorrisinho ingênuo nos infantes lábios. Encarei a boneca. A garota foi pegar mais cervejas. A boneca me encarou. "Cuidado que ela te morde." Disse Garota maluca.
   Fomos pra cama, ela gritava escandalosamente,  "eu não vou aguentar", ela gritava.
   Quando acabamos o sol de um belo domingo estava nascendo, velhinhos indo a missa, crianças se preparando para ir ao parque, e eu com uma baita dor de cabeça ouvindo seus planos para irmos acampar na praia qualquer dia desses. É claro, eu disse.
   Na segunda-feira eu me mudei da cidade. Eu nunca mais vi a morena. Já a loira, muito tempo depois eu a encontrei numa festa agropecuária, ela estava chapada mijando no mato. Ela nem me reconheceu. E eu não lembro o nome delas. 


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