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segunda-feira, 15 de abril de 2013



Dos espíritos mais aflitos
Existem aqueles que dançam
E os que caminham sem cessar,
Pois não aprenderam a voar.
E em seus pés exaustos
Existem as marcas do mundo
E em seus cérebros celúreos
As experiências que os transformaram
Em seres alados
Seres que voam sem sair do chão
Que voam muito alto
E vão a lugares distantes e exóticos
Sem nem mesmo se moverem,
Pois estão mais perto de Deus
O Deus verdadeiro, dos Homens
Não o Deus dos hipócritas
E em Seus seios descansam
Nos mais puros sonhos de amor

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

HOMO SAPIENS INUTILE



Inútil 
Verdadeiramente inútil
preso, amarrado em sua poltrona confortável
com sua bunda gorda e flácida.
Inútil de corpo,
inútil de mente,
inútil contente,
Eis o homo sapiens inutile.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Paranoia Noturna



TOC, TOC, TOC!
Batem na porta?

Quem será?!

A essa hora,

Já é tarde,

Quem será?!



TOC, TOC, TOC!

(Lá fora o vento uiva,

Vem tempestade por ai).

Será um viajante,

Um parente distante,

Ou um fantasma a me cobrar?

Acumulei tantas dividas nessa vida

Que nem sei como pagar.



TOC, TOC, TOC!

Batem na porta?

Quem será?!

Um vendedor ambulante,

Cigano cartomante?

Não quero nada,

Não preciso de nada,

Minha sorte está selada.



TOC, TOC, TOC!

Quem será?!

A policia,

Uma emboscada,

Ou crianças a brincar?

Já é tarde, muito tarde,

Eu preciso descansar.

Por favor, vá embora

Logo cedo vou levantar.



TOC, TOC, TOC!

Maldito seja, quem será?!

O vento sopra forte

Algo bate em minha porta

E eu não quero levantar.

Sou covarde, supersticioso...

E se for uma bruxa

Ou algo assombroso?

Eu não vou me aventurar!



TOC, TOC, TOC!

QUEM SERÁ?!

Agora além da porta

Também batem na minha janela.

Será um bando,

Uma alcateia,

Ou uma coruja a me assustar?



TOC, TOC, TOC!

Que diabrura!

Que bruxaria!

Bate e bate por toda parte.

Oh meu Deus, o que é isso?

Todo o céu a ribombar!



TOC, TOC, TOC!

Quem será?!

É o céu a desabar!

Chove tanto e de repente

Que a Terra parece não aguentar.

Ora, mas que tolo sou eu,

Encolhido nas cobertas chego a corar,

Achando que coisa ou gente

Há essa hora me incomodar,

Mas as batidas impertinentes

Era a chuva preambular.

Agora respiro mais contente

Vendo a chuva passar

Vou dormir mais um pouquinho

Antes de o sol raiar.



TOC, TOC, TOC!

Não é possível!

Quem será?!