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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A EPOPEIA DO ARCO OCIDENTAL - E-BBOK (PDF) A VENDA NO CLUBE DE AUTORES

 Pessoal, meu livro, A Epopeia do Arco Ocidental está disponível no site Clube de Autores em versão ebook por apenas R$ 16,14 COMPREM PELO LINK ABAIXO.

 A Epopeia do Arco Ocidental

Sinopse

Os antigos deuses e suas criaturas, que outrora habitavam a Terra, foram exilados em um novo mundo, mas junto com eles homens também partiram. Agora, após séculos, um mago recebe um estranho chamado em sonho para buscar uma antiga relíquia, mas o que esse mago não esperava era que isso desencadearia um perigo mortal.
Em um mundo distante um homem renasce sob a influência de um demônio, e se erguendo como rei, domina todas as Terras do Norte. Agora, Drakon, Senhor do Norte, pretende estender seus domínios sombrios para todos os povos do Arco Ocidental.
Mas os Homens Livres do Arco Ocidental não serão subjugados tão facilmente, e liderados por Adel Humberate, rei de Forte Verde, e pelo mago Altimeom, travarão uma guerra sangrenta que durará anos. Mas os homens não estão sozinhos nessa empreitada contra um mal desconhecido que se ergue em suas terras, e junto a eles dois bravos povos se unirão: os fortes panaceus e os poderosos nefelins, e juntos defenderão a liberdade dos povos do Arco Ocidental. Mas Drakon é poderoso e este, não quer apenas dominar essa terra, seu maior intento é se tornar um deus.
Um rei determinado a tudo para defender a liberdade de seu povo e o amor de uma mulher. Deuses, dragões, gigantes e um enorme exército de lobisomens se confrontam numa terra cheia de mistérios e magia.
Tudo isso você verá no primeiro livro de Wagner de Souza. Uma aventura fantástica repleta de seres mitológicos e bravos guerreiros. Escolha o seu lado e se prepare para a guerra.


A Epopeia do Arco Ocidental



terça-feira, 15 de julho de 2014

NA COMPANHIA DA SOLIDÃO

Logo que entrou, notou a presença
Sentado em seu quarto
Numa poltrona de canto.
Como fazia frio
Naquela madrugada!

O capuz que cobria sua cabeça
Fazia com que tudo em baixo
Fosse duma escuridão densa
E profunda
Duma presença sem rosto.

Ela sentia seus olhos,
Não podia vê-lo,
Mas sentia que a observava.
Sentia sua escuridão
Sua presença imaterial.

De onde estava ela gritou:
Qual é cara?!
O outro continuou imóvel
Olhando-a. Sugando-a
Para dentro de sua escuridão

Sentou-se na cama desarrumada
Encolhida e acuada
Com aqueles olhos sobre si
Tomados pelo negrume
Que havia sob o capuz,
No estático controle.

“Perdoe-me mãe,
Por voltar agora para sua cama
Perdoe-me pai,
Por ser tão covarde.”
Desculpou-se aflita.

Foi então que um risco vermelho
Cortou o horizonte
E tingiu o céu todo de rosa
E azul-bebê
Revelando quem a assombrava.

Que vergonha!
Uma blusa vazia,
Jogada e esquecida
Na velha poltrona
Havia a aterrorizado.

Observou em silêncio
A claridade reveladora
Que entrara naquele capuz
Vazio...

E sentiu-se sozinha. 

domingo, 30 de março de 2014

Aqueles Seres Amarelos



O que querem aqueles seres novos que surgiram pintados nas paredes?
   Destacaram-se e inflaram-se em postos de gasolina, depois deglutiram todo tipo de alimentos industrializados fazendo do sódio sua fonte vital.
   Absorveram tudo o que a TV lhes proporcionava.
   E tudo o que tocava no rádio.
   Misturando em suas cabeças de balão amarela, com seus rostos pouco expressivos e aqueles olhinhos miúdos de ervilha em conserva.
   Regurgitaram seus conhecimentos na internet para absorverem todo o conteúdo novamente (e mais).
   Seres ruminantes de ideias mutantes. Dedos ágeis e memória de longo prazo baixíssima.
   Criou assim uma nova espécie, uma nova comunidade isolada em indivíduos que raramente se encontravam.
   Não fumavam, não bebiam e raro era o sexo.
   Um novo idioma muito parecido com o usual, mas não, não se entende...
   Alguns Teóricos do Caos Conspiratório dizem que eles dominaram o mundo e nós nem percebemos, tão preocupados que estamos com nossas coisas que, quando apareceram aqueles homúnculos amarelos e inflados, quase que abstratos, ninguém se importou com eles. Nem mesmo as Agencias Governamentais do Mundo deram atenção.
   “Por Deus! São só coisinhas amarelas.”
   Agora eles estão por toda a parte saindo de suas casas baratas, alugadas, apartamentos de subsolo, periferias...
   Invadiram as ruas aos milhares (ninguém imaginava haver tantos) andando todos juntos na mesma direção com seus olhos indiferentes aos que os observavam, usando aquelas roupas habituais que mais se assemelham a pijamas.
   E muitos indagam se nada será feito, “Prendam eles!” – gritam outros. Mas não há motivo para detê-los, não há nada contra eles! São isento de qualquer crime.
   Os Teóricos da Conspiração e os paranoicos dizem que eles têm o dom de permanecerem ocultos, imperceptíveis, e quando menos se espera, fazem parte de seu meio social, de sua vida! Estão no trabalho, na escola, servindo-te, servindo a eles, tornando-se parte da paisagem: como uma pinta na pele, o primeiro fio de cabelo branco, ou aquela ruga que aparece sorrateira no canto dos olhos.
   Eles seguiram ininterruptos por seus caminhos, lotaram as ruas num mesmo sentido, todos juntos como nunca estiveram antes. Um rio amarelo que escoa sem barreiras para um objetivo certo e oculto aos espectadores deste êxodo dourado.
   Assim eles foram...
   Dizem também os “entendidos” que eles levaram algo muito importante daqui, algo precioso, poderoso... Mas até agora ninguém sabe o que é – isso se realmente levaram!
   Mas o que todos sabemos é que da mesma forma que surgiram, desapareceram. Sem deixar pistas ou vestígios... Apenas... Desapareceram.