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terça-feira, 3 de maio de 2011

De noite.

Eu gosto mesmo é
de caminhar de noite.
Gosto do cheiro
da noite.
Cheiro de dama-da-noite.

De noite, todos os seres estranhos
saem de seus esconderijos,
coisas estranhas,
húmidas.

Jovens bruxas dançam nuas
sob o luar.
Corujas cantam.
A menina (fingindo dormir) desliza
sua mãozinha pequena sob o 
lençol suave para descobrir
prazeres.

Existem prazeres que só a
noite conhece.
Só ela permite.
A dona-de-casa recatada tranca-se
no quarto.
Respirações ofegantes são ouvidas.
Cheiro de dama-da-noite.
Prostitutas nas esquinas sempre
sorridentes.

Bêbados em bares, vagabundos 
nas ruas.
Noites embriagadas.
Loucos casais em quartos
baratos,
em carros,
em cantos 
encantos.
Cheiro de látex e suor.
Baratas, mariposas e ratos.
Fluidos são derramados mais
facilmente de noite.

Caçadores saem atrás de suas
presas que se deixam caçar.
Os anjos escondem as asas.
A noite não é para os castos.
Nem para os puritanos e hipócritas.

A noite é libertina.
A noite é embriagues.
A noite,
de noite.
Que noite!
  
W.R. Souza

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