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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

TIKBALANG


Cavalo Demônio. Espreita no mato.

Na floresta escura
Em trilhas desertas
Pés sobre folhas secas
Estalam no caminhar
Busca um lugar seguro para o filho abrigar.

Noite escura
Perdido na penumbra
O coração pesado 
Pelo filho deixado.

Com os olhos marejados
E o coração a disparar
Acomodou-se no colo da mãe
Vendo o pai se afastar.

Perdido em pensamentos
Teve os olhos anuviados,
Alertado pelo vento
De espanto foi tomado
Ao deparar-se de repente
Com um cavalo a sua frente,

Sentiu o corpo estremecer
E ficou paralisado
O enorme animal
Pelas patas pendurado
No topo de uma árvore
De galho arrojado.

Oh armadilha danada
Engodo ferrenho
De súbito terror tomado
Viu incrédulo, o animal reanimado.

Ergueu-se como homem
De hirsuto avermelhado
O elmo escarlate
Ocultando a equina face.

Mentalmente molestado
Por tenebrosa gargalhada
Soava alto em sua mente
Pra não atentar outra gente.

Por uma vida desenfreada
Abrira a porta pra tal criatura assombrada
E sabendo a culpa que tinha
Lamentou pela família.

Sentiu a alma ser domada
E por fumo defumada
Mas a lembrança do pequeno filho,
Que ainda homem havia de se tornar,
Reanimou-lhe o espírito
E se pôs a fuga daquele lugar.

Chegando agora a clareira
Donde deixara o pequeno
Viu logo os olhos tristonhos do menino
E sentiu reaquecer o seu espírito
(Abraços e suspiros).

Sem perder tempo avisou os camaradas
Do perigo que havia na estrada
E incredulos do que acontecera
Resolveram investigar tal besteira

Retornaram assombrados
Ofegantes com olhos estalados
Pois bloqueando a trilha escura
Havia o cadáver de um cavalo.

Assim recolheram-se todos
Por uma trilha oposta
Mas não menos temerosa
Esperançosos de encontrar
Um bom lugar para morar.



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