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sábado, 28 de janeiro de 2012

ANGUSTIA!

Oh angustia, amiga minha,
Desde os tempos de criança nunca me deixou sozinho.
Quantas noites atravessamos juntos de mãos dadas.
Companhias danadas!

Nos meus paranóicos terrores infantojuvenis,
Nunca me abandonou.
E quando sozinho me encontrou naquele quarto sombrio,
Companheira fiel se tornou.
Quantos vultos e fantasmas enfrentamos juntos?
A quantos misteriosos ruídos encolhemos?
Quantos seres habitaram sob nossa cama?
E você ao meu lado com sua mão apertada em meu coração
Mantendo-me acordado na escuridão.
Na escola éramos inseparáveis
E também no trabalho sempre me acompanhou.

Oh angustia, amiga minha,
Nunca me deixou sozinho.

Um comentário:

  1. Beleza de angustia. Poesia é isso, forte, visceral e longe do lugar comum. Parabéns!

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